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Capítulo UHL 1149 - Jogo Máscaras

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Tenham uma boa leitura!]


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Zao Tian sustentou o olhar de Aelthandor por mais um segundo do que seria confortável.


Não como desafio, mas como medida de controle.


O coliseu inteiro estava quieto. Todos sentados, todos bem-postos, todos esperando a reação instintiva que confirmaria a caricatura que já tinham desenhado dele antes mesmo de ele abrir a boca.


Um humano que, pressionado demais, mostraria os dentes.


Zao Tian respirou.


E respondeu como quem não morde a isca: "Eu vim aqui fazer exatamente o que estou fazendo agora."


A voz dele não subiu. Não desceu. Não tremeu.


"Eu vim falar com vocês."


Aelthandor inclinou o queixo, com a cortesia impecável de quem já tinha o próximo golpe preparado: "Isso não responde o que foi perguntado."


Zao Tian assentiu, como se concordasse com a observação: "Então eu vou responder da forma que vocês querem."


Ele apoiou as mãos nas pernas, relaxado demais para as expectativas daquela sala: "Eu vim porque existe uma guerra que não depende da opinião de nenhum de nós."


Alguns elfos no círculo superior fizeram pequenos movimentos, quase imperceptíveis. Atenção. Ceticismo. Desprezo contido.


Zao Tian continuou: "Eu vim porque deuses estão se movendo."


A palavra deuses foi dita sem reverência, sem medo, sem teatralidade.


Ela caiu no coliseu como um nome sujo. E ainda assim… importante demais para ser ignorado.


"A humanidade é o alvo mais fácil dessa guerra." Ele disse isso sem vitimismo: "Mas não é o único alvo."


Aelthandor estreitou os olhos, num gesto mínimo, e perguntou: "Você está dizendo que os elfos também estão em risco?"


Zao Tian não sorriu enquanto respondia: "Eu estou dizendo que toda a criação está em risco."


O silêncio que veio depois foi um silêncio de avaliação. Como se eles estivessem decidindo se aquilo era exagero do humano, ou uma informação que deveriam ter recebido antes.


Zao Tian aproveitou esse silêncio. Não para pressionar, mas para encaixar o peso das suas afirmações: "Os deuses não estão apenas irritados."


Ele olhou para as camadas superiores do coliseu, sem fixar em ninguém, e completou: "Eles estão ficando… impacientes."


Aelthandor se recostou um pouco, como se o gesto não fosse nada, mas era.


"Impacientes com o quê?" Ele perguntou.


Zao Tian respondeu com calma: "Com o fato de que nós ainda respiramos."


Uma onda de desconforto passou pelo anfiteatro.


Não era medo explícito. Era algo mais comum em povos orgulhosos: aversão a qualquer frase que os coloque na mesma linha de vulnerabilidade dos outros.


Zao Tian, por sua vez, se permitiu continuar firme, e disse: "Há sinais demais, eventos demais, movimentos demais, para eu fingir que isso é apenas mais um conflito político."


Ele inclinou a cabeça de leve.


"Eu chamo isso de uma aproximação do fim dos tempos porque é assim que eu enxergo o desenho todo."


Aelthandor não gostou do termo. Isso apareceu no seu olhar. Mas a educação o segurou, e ele comentou: "Um termo dramático."


Zao Tian assentiu, aceitando a crítica como se fosse apenas um detalhe de estilo.


"Talvez." Ele não brigou pela palavra, e fez questão de externar isso, dizendo: "Mas o que importa não é a forma como eu nomeio."


Zao Tian olhou de volta para Aelthandor: "É o fato de que eu preciso de uma aliança."


Aelthandor cruzou as mãos, elegante, e mencionou: "Com todos."


Zao Tian respondeu sem hesitar: "Com todos que entendam que seu mundo não é uma fortaleza isolada."


Yan Chihuo permaneceu imóvel ao lado, mas o olhar dele estava atento, pesado, como se a cada frase de Zao Tian ele reafirmasse internamente o compromisso que tinha assumido.


Nallrian não se mexeu. Ela tinha a mesma expressão de quem assiste uma estrada longa sendo traçada sem pedir permissão ao terreno.


Gins estava quieto, como tinha prometido.


Kyon parecia respirar junto com a sala, sentindo onde o ar mudava.


Ye Yang continuava com a sombra controlada atrás da comitiva.


Raya, pela primeira vez desde que chegaram, estava quieta sem parecer prestes a explodir.


Zao Tian voltou a falar com Aelthandor: "Agora, quanto à sua acusação..."


O coliseu se ajustou. Aquilo, sim, era o que eles queriam ouvir.


Zao Tian não desviou: "Eu entendo o ressentimento de vocês."


Aelthandor abriu um sorriso curto, educado demais para ser sincero: "Entende?"


Zao Tian assentiu: "Entendo que vocês dizem estar ofendidos porque foram procurados por último."


Alguns elfos endureceram o olhar, como se a frase fosse uma afronta por repetir aquilo em voz alta.


Zao Tian continuou, e aí veio a primeira lâmina real: "Mas eu ainda não entendi se vocês estão realmente ofendidos por causa disso, especificamente."


O coliseu pareceu acordar.


Aelthandor não mudou a postura, mas a voz dele ficou mais fria: "Você está insinuando que não estamos?"


Zao Tian respondeu no mesmo tom que vinha usando desde o corredor de Santos: "Eu apenas estou sendo sincero."


Ele fez uma pausa curta.


"Eu ainda não sei se isso é uma ferida verdadeira…"


O olhar dele passou pelos assentos altos, sem pressa.


"Ou se vocês estão procurando um pretexto para negar colaboração."


A palavra pretexto caiu como uma provocação perfeitamente educada. Como se ele tivesse oferecido chá… e colocado veneno no açúcar.


Um murmúrio percorreu os níveis acima.


Alguns elfos inclinaram o corpo para frente.


Outros se entreolharam, ofendidos por terem sido lidos.


Aelthandor, ainda cortês, deixou a acidez escorrer através de mais uma pergunta: "Você veio pedir uma aliança… e começa nos chamando de… oportunistas?"


Zao Tian balançou a cabeça, devagar, negando: "Eu não chamei ninguém de oportunista."


Ele então ergueu um dedo, como se organizasse uma equação: "Eu disse que ainda não entendo o que tudo isso parece."


Aelthandor apertou o sorriso e alfinetou: "E o que parece, para você?"


Zao Tian respondeu sem medo do próprio raciocínio: "Parece que vocês querem uma justificativa moral para dizer não."


O coliseu fez um som baixo, de indignação coletiva.


Zao Tian, porém, permaneceu sentado como se aquilo fosse apenas o vento batendo em uma árvore.


O anfitrião respirou. E a pergunta seguinte veio com uma doçura estudada.


"Então, na sua visão… por que nós negaríamos colaboração contra deuses, se isso é tão inevitável?"


Zao Tian olhou para Aelthandor como quem entende que aquela pergunta não era uma busca por respostas.


Era uma armadilha.


Mas ele respondeu mesmo assim, e isso… Isso doeu.


"Porque vocês também têm medo." Eles falou com toda a honestidade que tinha.


O coliseu, pela primeira vez desde que a audiência começou, perdeu parte da compostura.


Não em gritos.


Em movimentos.


Alguns elfos se levantaram.


Um ou outro bateu o pé no próprio degrau como se aquela simples palavra fosse um insulto.


Medo era uma palavra proibida em raças que construíam sua identidade sobre o controle.


Aelthandor não se levantou. Mas a máscara dele trincou um milímetro.


"Medo." Ele repetiu, e o eco do nome parecia uma blasfêmia: "Você atravessa o espaço, é recebido com formalidade, recebe tempo, recebe uma audiência… e ousa dizer isso diante do conselho?"


Zao Tian assentiu, tranquilíssimo: "Sim."


Ele não tentou adoçar suas palavras ou intenção. E ele foi além: "Porque eu não vim aqui para dizer o que vocês querem ouvir."


Depois de responder aquilo, ele inclinou a cabeça, como se fizesse uma concessão educada à própria possibilidade de erro: "O que eu sinto pode não ser a realidade."


Um silêncio, curto… e então veio outra estocada: "Mas é o que parece."


O coliseu se agitou mais.


A educação deles começava a falhar.


Aelthandor olhou para o alto, como quem pede silêncio sem mandar.


E os elfos, com esforço, calaram.


Então ele perguntou, agora com uma polidez ainda mais rígida: "Explique."


Zao Tian então fez o que eles não esperavam.


Ele explicou sem atacar.


"Vocês são orgulhosos." Ele falou isso como elogio e crítica ao mesmo tempo: "Vocês sabem o que são. Sabem do que são capazes."


Depois, ele olhou ao redor, como se mapeasse o ambiente, e continuou: "E por isso mesmo… não aceitam bem a ideia de que o universo está mudando para um lugar onde nenhuma tradição garante a sobrevivência."


Aelthandor abriu as mãos, teatralmente educado: "Isso não é medo. Isso é prudência."


Zao Tian assentiu, concedendo, mas pontuando: "Prudência e medo são irmãos."


Outra onda de descontentamento começou.


Mais inquietação.


Zao Tian, entretanto, continuou sereno.


"Vocês têm medo de se alinhar com humanos porque isso implica numa escolha." Ele apontou o dedo para o chão, como se marcasse um ponto: "Uma escolha de destino."


Aelthandor endureceu o olhar e questionou: "E você acha que nós tememos escolher?"


Zao Tian não caiu no desafio: "Eu acho que vocês temem escolher… e perder."


Kyon soltou o ar devagar, quase imperceptível, como se dissesse por dentro: pronto.


Yan Chihuo continuou quieto.


Nallrian não mexeu um músculo, mas os olhos dela ficaram mais atentos, como se avaliasse o limite do que Zao Tian estava conseguindo traçar ali.


Então, uma voz do alto cortou, elegante, mas dura: "Isso é uma insolência."


Zao Tian não olhou para cima de imediato.


Ele esperou a voz terminar como quem respeita o rito, mesmo quando o rito é uma arma apontada contra sua cabeça.


Quando ele olhou, a figura nem precisava se apresentar para o peso ser sentido.


Aelthandor fez um gesto mínimo de reconhecimento: "Saelorian Tyndar."


O ex-general estava de pé, com as mãos apoiadas no próprio degrau, como se aquele coliseu fosse um campo e ele tivesse escolhido uma colina.


"Você não entende os elfos!" Saelorian disse: "Você veio tarde demais para isso!"


"E agora tenta nos ensinar por que nós pensamos o que pensamos!?"


Zao Tian apenas assentiu, como se concordasse com parte disso: "Eu de fato não entendo vocês por completo."


Ele não tentou parecer sábio.


"É por isso que eu estou aqui."


Saelorian soltou um riso curto, sem humor.


"Você está aqui porque precisa de nós."


Zao Tian assentiu de novo.


"Sim."


A honestidade dele, em vez de enfraquecer, pareceu desarmar uma parte do teatro. Porque ninguém ali estava acostumado com alguém que admitia uma necessidade sem implorar.


Saelorian estreitou os olhos e disse: "E ainda assim nos chama de covardes."


Zao Tian balançou a cabeça, e a frase veio naturalmente: "Eu não chamei vocês de covardes."


Ele fez uma pausa pequena, e explicou: "Eu disse que pode haver medo envolvido."


O tom dele não era acusatório. Era analítico.


"E eu vou repetir." Ele olhou para Saelorian, depois para Aelthandor: "Somente vocês podem dar essa resposta."


Aelthandor, vendo a sala em uma espécie de ebulição elegante, retomou a condução com uma pergunta mais técnica, como se isso pudesse recolocar o debate na moldura alta: "Diga-nos, Zao Tian… o que você oferece, além de palavras e pressa?"


Zao Tian respondeu com a mesma serenidade: "Eu ofereço a realidade."


A frase foi simples. E por isso mesmo irritante.


Ele continuou: "Eu ofereço informação; Rotas seguras; Troca de inteligência sobre movimentos de deuses; E apoio em caso de ataques."


"Eu ofereço participação e até, em um futuro próximo, exportação de um escudo planetário que está sendo construído em Decarius."


Aelthandor inclinou o queixo, como se aquilo fosse interessante, mas o veneno voltasse sempre: "E por que vocês construíram isso?"


Zao Tian não caiu: "Porque nós não podemos nos dar ao luxo de esperar a aprovação de ninguém para continuarmos vivos."


O coliseu silenciou por meio segundo.


Aelthandor respirou, e a máscara dele voltou ao lugar com muito esforço: "Então você admite que priorizou sua própria sobrevivência… ao invés de considerar alianças."


Zao Tian assentiu, como se fosse óbvio: "É claro que sim."


Ele olhou ao redor e completou: "Eu priorizei que a humanidade não fosse extinta antes de ter a chance de pedir ajuda."


Aelthandor abriu um sorriso, doce como um veneno bem servido.


"E mesmo assim… espera que nós nos sintamos… valorizados." Ele comentou.


Zao Tian respondeu quase com gentileza: "Eu não espero que vocês se sintam valorizados por um cronograma."


A frase que veio em seguida foi mais um golpe que ele entregou sem levantar a mão: "Eu espero que vocês sejam maduros o suficiente para entender que eu não vim aqui fazer vocês se sentirem importantes."


O coliseu se mexeu.


O ar ficou pesado.


Zao Tian continuou, ainda sentado, ainda impecável: "Eu vim aqui impedir que vocês morram por orgulho."


Aelthandor não levantou a voz, mas a educação dele estava virando uma prisão cujas grades ele queria romper: "Você fala como se já estivesse no comando do universo inteiro."


Zao Tian respondeu com uma serenidade quase irritante: "Eu apenas falo como alguém que já viu um mundo inteiro ser empurrado para o abismo."


E então, como se finalmente encaixasse o primeiro ponto da sessão de verdade, ele voltou ao início: "Aelthandor, você me perguntou o que eu vou fazer para conquistar a confiança do seu povo."


Zao Tian inclinou o rosto um pouco, e a frase veio como um selo: "Eu não vou tentar conquistar com bajulação."


Então ele olhou para cima, para todos, e continuou…


"Eu vou conquistar protegendo."


"Eu vou dizer a verdade."


"Eu vou cumprir o que eu disser."


"Eu vou aceitar limites."


"E eu vou exigir limites."


O silêncio que veio depois não foi calmo…


Foi um silêncio irritado.


Porque aquilo tirava o prazer da provocação.


Zao Tian estava deixando claro que ele não estava ali como suplicante, e também não estava ali como invasor.


Ele estava ali como alguém que decidiu que o jogo de máscaras seria jogado… mas do jeito certo.


Aelthandor observou Zao Tian por alguns segundos, e a pergunta seguinte veio com a mesma doçura: "Então você insiste… que nós estamos usando um pretexto."


Zao Tian respondeu sem titubear: "Eu insisto que é assim que parece."


Ele fez uma pausa curta: "E eu não vou mentir para agradar vocês."


Uma parte do coliseu se levantou de novo.


Dessa vez, mais gente.


Alguns com olhos frios.


Outros com raiva de verdade, finalmente vazando pela superfície.


E Zao Tian… permaneceu sentado.


Com as mãos nas pernas; Com a postura de um convidado perfeito. Como se fosse o paladino da boa educação.


O jogo tinha virado.


Antes, eram eles que testavam a paciência dele com polidez.


Agora, era ele que os testava com sinceridade.


Aelthandor, vendo o salão flertar com o descontrole, ergueu a mão devagar.


O gesto funcionou.


Os elfos, com esforço, voltaram a se sentar.


Aelthandor olhou para Zao Tian com uma calma que não era calma e disse: "Você está gostando disso."


Não era pergunta. Era uma constatação amarga.


Zao Tian respondeu com honestidade, e a honestidade dessa vez tinha um fio de prazer intelectual: "Eu só estou começando a entender."


Aelthandor sustentou o olhar: "Entender o quê?"


Zao Tian inclinou a cabeça de leve: "O que é essa audiência."


O coliseu prendeu o ar.


E Zao Tian concluiu, com uma educação impecável: "Não é para vocês ouvirem minhas respostas."


Ele continuou, olhando ao redor: "É para vocês verem se eu erro o tom."


Então ele voltou ao anfitrião e disse: "E eu não vou errar."


Aelthandor ficou quieto por um instante.


E naquele silêncio… a sala inteira percebeu que o humano que todos chegaram prontos para esmagar não estava se defendendo.


Ele estava conduzindo a audiência.


Ainda com um sorriso que não existia… e com uma calma que começava a irritar mais do que qualquer ameaça.


Porque era uma calma que não pedia permissão.


Era uma calma de quem já tinha aceitado o peso do fim dos tempos… E não tinha tempo para orgulhos alheios.


A audiência, até ali, ainda não tinha decidido nada.


Mas uma coisa já tinha mudado.


Pela primeira vez desde que o grupo pisou naquele mundo, a instabilidade não estava mais no centro.


Estava nas arquibancadas.




O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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